Meios de pagamento: quem faz tudo acontecer?

Publicado em
Jan 3, 2023
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Banking as a Service
Fintech
Meios de pagamentos

Com certeza você já fez alguma compra on-line. Se não tinha feito antes da pandemia, aposto que agora você já teve essa experiência. A tendência é que cada vez mais as compras virtuais estejam presentes em nossas vidas. Esse é um caminho sem volta.

Mas dessa vez não vamos falar das compras on-line, mas sim da tecnologia de meios de pagamento envolvida nesse processo. Com o impulso que o e-commerce teve nesses últimos anos, a quantidade de soluções voltadas para esta nova conjuntura cresceu fortemente.

Basta olhar o número de fintechs que surgiram nesse período. Em 2020, existiam 742 fintechs no Brasil. Em 2021, já temos mais de 1300 startups do setor financeiro. E a Swap, como solução de Banking as a Service (BaaS), engrossa esse caldo ao possibilitar que diversas empresas possam oferecer serviços financeiros aos seus clientes.

Mas para que a própria Swap possa prover suas soluções, há vários atores colocando as engrenagens do sistema financeiro e do mercado de meios de pagamentos para rodar. Vamos explorar alguns desses atores neste artigo. Acompanhe a seguir.

O nascimento do cartão

Do dinheiro físico ao dinheiro eletrônico, a história deu um salto importante. O principal vetor que contribuiu para isso foi o avanço tecnológico, mas o grande ponto de inflexão que permitiu o surgimento das várias formas de meios de pagamentos eletrônicos foi o crédito.  O uso do crédito combinado à tecnologia barateou custos e facilitou o acesso por diversas pessoas.

A lenda urbana do surgimento dos cartões conta que Frank McNamara (um dos fundadores da Diners Club ao lado de Ralph Schneider), saiu para jantar em Nova York em uma noite de 1949. No momento de pagar a sua conta, ele percebeu que tinha esquecido a carteira e teve que ligar para que sua esposa a trouxesse para não sair devendo.

A situação trouxe um insight importante e, pouco tempo depois, MacNamara voltou ao restaurante e propôs pagar a conta com um pequeno cartão de papelão. O uso desses cartões só se tornou popular uma década depois, quando Forrest Corry Parry, engenheiro da IBM,  inventou a tarja magnética.

Com a tarja, as operações com cartões deixaram de ser “analógicas”, onde o comerciante ligava para o banco, que por sua vez ligava para a companhia de crédito para checar o nome do cliente e o saldo de sua conta, para um formato eletrônico de autorização e comunicação das transações.

Com isso, vimos um boom no uso de meios de pagamentos eletrônicos, desde então, já que o cartão tem grande utilidade por ser uma  rede globalmente em grande parte dos estabelecimentos.

Os principais atores do mercado de meios de pagamentos eletrônicos

Quando nos referimos a meios de pagamento, temos que levar em consideração diversas possibilidades, incluindo o dinheiro. No Brasil, por exemplo, 71% dos brasileiros ainda utilizam o dinheiro físico (papel-moeda) para suas transações no dia a dia.

Contudo, entre março de 2020 e agosto de 2021 no Brasil, mais de 66% dos brasileiros utilizaram cartão de débito e 57% fizeram uma compra utilizando cartão de crédito, de acordo com dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae.

Um estudo publicado em 2017 pela Nasdaq trouxe um número impressionante: até 2040, 95% de todas as compras devem acontecer via e-commerce.

Mas não para por aí: outros meios de pagamento eletrônicos, como carteiras digitais e Pix, devem ganhar ainda mais espaço. Para as transações presenciais, pagamentos mobile e outras formas contactless estarão ainda mais presentes.

De todo modo, a maioria dos brasileiros usufrui desse mercado, mas poucos sabem o que acontece com seu dinheiro nesse processo. Por isso, hoje viemos contar quem são os principais atores desse mercado e quais os seus papéis.

O mercado de meios de pagamento eletrônicos se enquadra no que chamamos de “mercado de dois lados” (em inglês, two-sided markets). De acordo com o Nobel de Economia em 2014, Jean Tirole, um mercado de dois lados é aquele em que há uma plataforma de intermediação conectando o lado dos demandantes e o lado dos ofertantes.

No caso dos meios de pagamentos eletrônicos, particularmente dos cartões cuja relevância é grande no e-commerce, de um lado nós temos o emissor do cartão que faz interface para os consumidores, do outro lado temos as credenciadoras que fazem interface com os estabelecimentos comerciais e, como intermediários, temos a plataforma das bandeiras. Vamos conhecer melhor o papel de cada um.

Bandeira

Vamos começar com as chamadas “bandeiras”.

Essas empresas, como a Mastercard®, por exemplo, são a “espinha dorsal” do mercado. Elas conectam os atores e garantem que as transações sejam efetivadas. Também são responsáveis pela definição das normas de segurança e tarifas, além do fornecimento de infraestrutura tecnológica do sistema de pagamentos.

Dentre as normas temos questões comerciais, questões de precificação, questões técnicas e tecnológicas, regras de segurança, dentre outras. São essas redes que dão a credibilidade ao sistema perante ao mercado.

Emissor do cartão

O emissor é a instituição que possui o cadastro e os dados do cliente, lembrando que o cartão pode ser de débito, crédito ou pré-pago e as obrigações e deveres do usuário e do emissor mudam em cada caso.

No Brasil, as diretrizes para arranjos de pagamento em torno de Instituições Financeiras (IFs), Instituições de Pagamento (IPs), Sociedade de Crédito Direto (SCDs) ou Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP) foram estabelecidas pela Resolução nº 4.282 de 4 de novembro de 2013.

A partir dessas informações, o emissor determina o limite de crédito disponível ao cliente, estabelece o valor da anuidade do cartão, as regras e o formato do programa de fidelidade, dentre outros.

A instituição emissora também é a responsável pela autorização dos pagamentos, dentro do fluxo de transações com cartão.

Adquirente ou credenciadora

Essas empresas são responsáveis pelo credenciamento dos estabelecimentos a aceitar meios de pagamentos eletrônicos através da sua tecnologia, muitas vezes chamada “maquininha”.

Com todo cadastro feito, maquininhas instaladas e conectadas à rede, as adquirentes (ou credenciadoras) capturam as compras nos pontos de venda e também são responsáveis pela comunicação da autorização e liquidação da compra.

Outros atores importantes

Com o avanço e dinamização do mercado de meios de pagamento, mas, particularmente, com o avanço das tecnologias de informação e comunicação, outros atores ganharam espaço e relevância. Veja a seguir quem são:

Subadquirente ou intermediador

Pense no subadquirente como uma “franquia de uma credenciadora”. Como intermediadores, estas empresas se cadastram junto a um adquirente de cartões e passam a credenciar estabelecimentos comerciais.

Daí em diante, elas prestam aos lojistas e demais empreendedores os mesmos serviços que uma credenciadora, ou seja, fazem a intermediação dos pagamentos entre todos os agentes dos quais falamos anteriormente.

A diferença fundamental é que em vez de se comunicar diretamente com a bandeira, eles se comunicam primeiro com a adquirente que, por sua vez, estabelece a comunicação com a bandeira, seguindo o fluxo da transação. O mesmo Fluxo vale para a liquidação.

Gateway de pagamento

O gateway de pagamento é um serviço responsável por conectar o e-commerce aos meios de pagamento. Em outras palavras, é uma interface virtual que transmite dados dos clientes captados em uma loja virtual e faz a comunicação para os demais agentes a fim de autorizar a transação realizada.

Para simplificar, pense que o gateway de pagamento cumpre o papel que o adquirente tem em uma loja física, por exemplo.  Pense nele como a “maquininha” do mundo on-line.

Antifraude

Com o crescimento das transações eletrônicas, principalmente no ambiente virtual onde a relação entre consumidor e vendedor não se dá de maneira pessoal, os serviços de antifraude ganharam um papel ainda mais importante.

Em resumo, os serviços de antifraude buscam garantir que as transações são legítimas e estão sendo realizadas pelos verdadeiros portadores dos dados da compra. Atualmente, há muita tecnologia envolvida nesses serviços, como machine learning, inteligência artificial dentre outras.

Menção honrosa: novos pagamentos eletrônicos

Com o avanço da pandemia, os meios de pagamentos digitais ganharam força.

Aqui no Brasil, o destaque é o Pix que, segundo os dados da CNDL, SPC Brasil e Sebrae, já é o meio de pagamento mais utilizado por mais de 70% dos brasileiros.

O Pix, por exemplo, é totalmente gerido pelo Banco Central do Brasil, cujo instrumento principal é o Sistema de Pagamentos Instantâneo (SPI). A lógica, contudo, é muito similar à dos pagamentos com cartões, mas concorrente, uma vez que está na mão do Bacen.

Os atores do mercado de cartões se conectam como participantes do SPI em iguais condições e ganha quem prestar o melhor serviço. Segundo o Bacen, as instituições autorizadas pelo BC e que tenham mais de 500 mil contas de clientes ativas são obrigadas a participar do SPI.

A exemplo do PIX, o mercado de pagamentos ganhou muito dinamismo com o avanço das tecnologias de informação e comunicação com o surgimento de novos players, também impulsionados pelas inovações regulatórias promovidas pelo Banco Central.

Como as soluções de BaaS se conectam a esse mercado?

Neste cenário, as fintechs de Banking as a Service (BaaS) também ganham relevância como um player neste mercado de pagamentos, uma vez que tem possibilitado que diversas empresas dos mais variados portes e segmentos possam fornecer serviços financeiros aos seus clientes.

Basicamente, o papel central de uma fintech BaaS neste mercado é de conexão com os principais serviços financeiros, provendo acesso e infraestrutura a estes serviços financeiros e às empresas que buscam ofertá-los aos seus clientes. Outro ponto importante de se ressaltar é que um BaaS abstrai a complexidade do mercado, tornando a integração mais ágil e segura.

A alternativa para uma empresa que deseja oferecer serviços financeiros aos seus clientes seria desenvolver uma plataforma do zero e buscar no mercado toda a expertise necessária para colocar a plataforma em funcionamento, o que é um percurso bastante caro, demorado e repleto de complicadores – como todos os trâmites burocráticos do Banco Central para que a empresa se torne uma instituição de pagamentos.

Assim, empresas de BaaS como a Swap surgem para entregar uma plataforma que possibilite que o seu negócio se beneficie das oportunidades no segmento financeiro, de forma simples e rápida.

Ao adotar uma plataforma como a Swap, seus clientes, poderão utilizar serviços como:

  • conta de pagamentos digital;
  • pagamento de Boletos;
  • transferências bancárias;
  • cartão crédito pré-pago;
  • entre outros serviços financeiros.

Desse modo, o trabalho do BaaS é potencializar as soluções dos seus clientes, facilitando e abstraindo toda a complexidade de desenvolvimento, validação e manutenção da plataforma, de modo que a empresa foque nas suas atividades core, e tenha acesso a features que mudam o jogo do negócio.

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