O colapso do SVB e o início de uma nova era

Publicado em
Mar 22, 2023
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Fintech
Meios de pagamentos

Em meio a tudo que vem acontecendo no mundo, o “banco das startups” simplesmente quebrou. Isso revela muito sobre a direção que as startups precisam tomar, mas não há motivo para pânico. Vamos entender melhor a seguir o que aconteceu e o que isso significa.

A queda do SVB e o realinhamento de rota 

O Silicon Valley Bank (SVB) era um banco comercial americano relativamente desconhecido fora do Vale do Silício. Apesar disso, ele estava entre os maiores bancos do país. Seus ativos totais somavam cerca de US$209 bilhões (aproximadamente R$1 trilhão) ativos totais no final de 2022.

Com isso, o SVB era considerado o 16º maior banco dos EUA, de acordo com os dados do Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC, na sigla em inglês - tipo o nosso Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

A falência do SVB foi rápida e puxou consigo mais três bancos: o Signature Bank, o Silvergate e, poucos dias depois, o First Republic Bank. Todos tinham em comum, além de aplicações no Tesouro Americano (algo bastante normal ao redor do mundo), aplicações em criptomoedas. 

Com o chamado “inverno cripto”, que acometeu o mercado de criptomoedas desde meados de 2022, as cotações caíram fortemente. A queda dos preços de diversas criptomoedas também foi seguida da quebra de algumas empresas, como a FTX. E esse foi o primeiro baque no sistema financeiro americano.

Contudo, o SVB quebrou de fato por um erro de tesouraria. O estopim foi a alta de juros para combater a inflação. A alta de juros por parte do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, tinha como objetivo enxugar a liquidez da economia.

Isso elevou o custo do crédito, mas também tornou mais atrativos os títulos do tesouro americano. Em meio a isso, na quarta-feira (8), o SVB anunciou que havia vendido vários títulos com prejuízo. 

A carteira de títulos do SVB era de aproximadamente US$21 bilhões (cerca de R$100 bilhões) e rendia uma média de 1,79%. Com a alta de juros, o valor dos títulos caiu, deixando o SVB e outras empresas com perdas não realizadas. 

No mesmo dia, o SVB anunciou que também venderia US$2,25 bilhões (cerca de R$10 bilhões) em novas ações para reforçar seu balanço. Aí o pânico se instalou. Os correntistas, em sua maioria, startups que haviam captado recursos junto a fundos de venture capital, tentaram sacar seu capital. 

A corrida bancária piorou a situação do balanço do SVB, o CEO fez declarações atabalhoadas e, com a corrida bancária em frenesi, em poucos dias o governo interveio e declarou falência da instituição. Apesar da situação, há algo muito positivo aqui.

O ecossistema de startups amadureceu. Um erro de tesouraria tão básico evidenciou a relevância desse mercado, o seu impacto sistêmico e que é chegada a hora de dar um novo passo.

Aqui no Brasil, o sistema financeiro está bem equipado. O Banco Central do Brasil tem seguido uma estratégia ágil: learning by doing. Acompanhando a evolução do ecossistema, consultando as partes, regulando o mercado conforme as coisas vão amadurecendo e ajustando o que tiver de ser ajustado.

As empresas, por outro lado, estão atentas aos consumidores, tanto pessoas físicas quanto jurídicas, e evoluindo com suas preferências e demandas. 

A sequência de acontecimentos que decorreram da alta dos juros - desde a queda das ações de big techs até as falências dos bancos americanos - são retratos de um fenômeno maior: o intervalo de ajuste da quinta revolução tecnológica.

Esse “intervalo de ajuste” é uma fase de recomposição institucional do ciclo econômico que separa a etapa de instalação de uma revolução tecnológica da etapa de desdobramento ou difusão. 

Enquanto na primeira etapa o capital financeiro investe pesado em empresas com alto potencial de lucratividade (mesmo quando elas não são lucrativas, mas demonstram potencial), na segunda etapa o capital produtivo domina, as empresas se consolidam, passam a gerar mais empregos e a economia volta a crescer.

Em outras palavras, é chegada a hora das startups olharem para eficiência operacional e sustentabilidade financeira. A era do “capital barato” terminou, mas a era das grandes empresas de tecnologia está só começando. 

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Em outubro de 2021, a Swap atraiu R$135 milhões em sua rodada de investimentos Série A, liderada pela Tiger Global. O aporte teve ainda a participação da Endeavor e de investidores como Justin Mateen, cofundador do Tinder, Rahul Mehta, managing partner da DST Global, além dos fundos ONEVC, GFC, Canary e Flourish, que decidiram reforçar a parceria com a startup mais uma vez.


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